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23 de out. de 2009

Os leigos são os árbitros


Neste fim de semana, aproveitando uma folga na escala, fui ao estádio de futebol, claro para assistir um bom jogo e de quebra observar meus companheiros de arbitragem.

Pelo meu posicionamento na arquibancada, tive o prazer de acompanhar o excelente trabalho do árbitro assistente nº. 02, ou seja, do bandeirinha (como é rotulado pela sociedade futebolística) e pouco mais de longe dos demais membros da equipe de arbitragem, que na minha modesta opinião foi muito bem.

O jogo em si foi... Como posso dizer, sem muita técnica, muita vontade e claro, muita reclamação. O desempenho dos jogadores passou a ser algo de segundo plano, o importante era observar atentamente os meus companheiros de arbitragem, principalmente o assistente que corria paralelamente na linha lateral, este elogiado com inúmeros adjetivos em todas suas ações contra a equipe dona da casa.

Bem, vou colocar somente uma frase deferida de um torcedor que estava do meu lado “bandeirinha... você esta louco! O cara recebeu a bola sozinho seu... volta pra escolinha, seu burro !!! Porém, este lance, o atacante recebeu a bola diretamente de um arremesso lateral, e esta é uma das três situações que não há impedimento (Regra nº11 – Não existirá impedimento se o jogador receber a bola diretamente de um tiro de meta, de um tiro de canto (escanteio) e de um arremesso lateral.). O que comentar a respeito deste torcedor? Claro, nada, para ele o leigo é o bandeirinha.

Pois bem, ao deixar o estádio, percebi como somos cobrados em nossa nobre função e da sua importância dentro do futebol de hoje. Um futebol altamente comercia onde altas cifras são movimentas. Um futebol que exigi cada vez mais a perfeição da arbitragem e assim sendo não tem espaço para árbitros preguiçosos, sem interesse pelos treinamentos, sem a devida atenção para as alterações na regra, sem o devido aprimoramento de suas ações dentro do campo de jogo.

19 de out. de 2009

- Gol com tabela entre… as Bolas!

O que é pior? Duas bolas em campo na hora que sai o gol ou o árbitro que não conhece regras e valida uma suposta “tabelinha” entre as redondas?

Por incrível que possa parecer, isso aconteceu duplamente na partida Sunderland X Liverpool, pela Premier League, neste final de semana! Na oportunidade, na hora em que o goleiro do Liverpool defenderia um chute a gol, uma segunda bola foi jogada em campo; esta bateu na bola que iria ser defendida, desviou-a e entrou na meta! Detalhe: o árbitro, erroneamente, não considerou a bola como um corpo estranho mas como um corpo neutro, e validou o gol. Erro grosseiro…

Veja o lance, clicando em: http://videos.sapo.pt/ZMR90G6sOSljv5FV9jFH

Na imagem da primeira câmera, você nem percebe a segunda bola; mas nos outros dois ângulos, você se assusta com o desconhecimento da Regra do Jogo por parte do quarteto de arbitragem!

Fonte: blog do professor Rafael Porcari

13 de out. de 2009

O QUE VENHA A SER FAIR PLAY?


Durante os jogos da Copa do Mundo, muito se ouviu falar de certo fair play, e, pergunto a você: O que é este tal de fair play?

O fair play é simplesmente jogo limpo. Tem sua origem na sociedade aristocrática européia, e foi muito difundido pelo Barão Pierre de Coubertin idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna.

O conceito de jogar limpo representa a essência de qualquer esporte. O futebol como o principal esporte praticado no mundo não pode ficar sem esta essência, pois ela representa valores como à honra e a lealdade, o respeito pelos adversários e pela arbitragem, pelos companheiros e por si próprio.

O respeito total pelas regras, princípios e códigos de conduta, obedecendo ao principio da justiça e renunciando a vantagem ilícita. Assim o futebol seria como uma "escola de cidadania", ensejando a oportunidade de aprender que o sucesso é obtido não apenas através do desejo e da perseverança, mas também que é consagrado unicamente através da honestidade e da justiça.

Os praticantes têm possuir alma alva, lavada com o fair play. O futebol exige, no mínimo, que os praticantes joguem com respeito total e constante pelas regras, nunca devem esquecer de que os árbitros têm mais experiência e uma visão muito melhor de que está acontecendo dentro do jogo. Como os jogadores, os árbitros farão erros do tempo ao tempo. Estes devem ser aceites. Sem um árbitro não há nenhum jogo de futebol. Seus esforços devem ser respeitados e problemas ser compreendidos.

Cada jogo bom necessita um adversário bom. Mesmo o adversário mais afiado não é um inimigo. O futebol não é guerra. Ninguém aprecia perder, mas a derrota deve ser aceita como apreciação para a habilidade e o espírito do adversário. Aqueles que perdem hoje podem ser o ganhadores do amanhã.

O fair play exige que nenhum adversário deva ser humilhado ou abusado por razões raciais, étnicas ou religiosas. O futebol é o desempenho e a participação do jogador, não faz discriminação a respeito das origens de seus praticantes.

O fair play é fundido no calor da amizade, do respeito pelo outro e do espírito esportivo. Representa um modo de pensar e agir. Ele não aceita o uso da astúcia e artifícios nem subterfúgios para obter o sucesso, o anti jogo, o doping, a violência (tanto física quanto verbal), a desigualdade de oportunidades e a corrupção.

Os esportistas em geral devem ter em mente que sempre haverá um outro dia a jogar e competir.

6 de out. de 2009

Paradinha nos pênaltis com dias contados

"Blatter diz que a paradinha é irregular e está com os dias contados, chama artifício de "jogo sujo" e espera punição dos árbitros com o cartão amarelo"

A paradinha, que voltou a ser moda nos gramados brasileiros este ano, está com os dias contados. Após a reunião do conselho executivo da Fifa, no Rio de Janeiro, o presidente Joseph Blatter foi claro e incisivo ao dizer que o artifício de o jogador interromper o movimento na hora da cobrança de pênalti é ilegal e deve ser punido com cartão amarelo pelos árbitros.

O dirigente garantiu que o tema está em pauta em uma reunião da International Board, órgão que regulamenta as regras do futebol, no dia 20 de Outubro, em Zurique, na Suíça, e que depois vai ser emitida uma nota para todas as federações nacionais para que não aconteçam mais dúvidas ou interpretações sobre o caso. Joseph Blatter considera a paradinha uma infração à regra do futebol.

- Isso não é justo. É uma infração, e o árbitro deve punir com o cartão amarelo. Se o jogador repetir, precisa ser expulso. Não é justo, é uma trapaça e precisa acabar - disse.

O suíço Joseph Blatter espera que a partir de Novembro, após todas as federações receberem o documento da International Board, a paradinha pare de ser usada em todo o mundo na hora da cobrança do pênalti. O dirigente considera o artifício um "jogo sujo" mais grave que a simulação de um pênalti.

- Sempre fui atacante. Há 50 anos, quando jogava, já tinha isso do atacante quando não consegue passar pelo defensor dar um mergulho, de tentar cavar o pênalti. Não é correto e o juiz pode e deve punir. Mas pode dar o cartão amarelo só na segunda vez que o jogador fazer isso. Já a paradinha não é justa e deve ser punida logo na primeira vez - disse.

Blatter admitiu que em alguns momentos a regra do futebol passa a ser interpretada de forma incorreta em certas partes do mundo. E, neste momento, a Fifa e a International Board precisam agir. O dirigente citou outros exemplos, como a mão na bola na área sem ser intencional, que chegou a ser punida com o cartão vermelho, e casos de racismo em que árbitros interrompiam imediatamente a partida - o dirigente também não é favorável a essas medidas.

- A International Board precisa unificar isso com todas as federações e não ter margem a interpretações. O futebol é o esporte mais popular do mundo porque a regra mudou muito pouco ao longo dos anos. E o futebol precisa ter uma única regra. Temos que parar com a paradinha. Ela não é correta – disse Blatter.