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26 de out. de 2010

O inimigo da paixão!

Ao entrar no solo sagrado, o árbitro percebe o tanto que é admirado. Uma admiração não agradável, uma admiração vinda da desconfiança, por considerá-lo inimigo da sua paixão, inimigo do seu time de coração.

Na verdade todos aqueles que estão fora do universo da arbitragem de futebol não tem consciência do que falam sobre os árbitros, críticas sem fundamentos, destrutivas e malignas, pois estes não possuem o espírito do jogo e sim o espírito da paixão, e paixão não combina com a razão.

Todavia este outro universo de pessoas não podem imaginar as dificuldades que um árbitro de futebol tem para desenvolver sua função. Estas dificuldades tem início ao comparamos o tanto que ele deve correr atrás da bola, porém não pode toca-la, num espaço que varia de 90 a 120 metros de comprimento por 45 a 90 metros de largura, devendo estar sempre bem próximo do lance, sem interrupção em sua corrida, sem descanso, podendo ao final do jogo ter percorrido mais de 14 quilômetros.

Uma outra dificuldade que o árbitro encontra principalmente dentro do campo de jogo é a falta do conhecimento das Regras por parte jogadores e treinadores, isso é uma pedra no caminho do bom andamento da partida, pois uma simples marcação de falta é motivo para divergência entre o árbitro e jogadores, e estes sempre querem ter razão ao ponto que quando entrevistados não medem palavras para falar mal da arbitragem.

O árbitro vive constantemente vigiado pelos olhos frios das câmeras de televisão. Sobre os olhares de desprezos dos torcedores. Dos olhares dos jogadores e treinadores que sempre o focam como inimigo. Da falta de tolerância e de compreensão quando um erro é cometido, erro este humano. Até mesmo quando do acerto passa não ser acerto, pois todos o julgam pelo coração e não pela razão, ou simplesmente no caso da imprensa para obter mais IBOPE.

O árbitro passa toda a sua carreira carregando a imagem de “ladrão”, inimigo da paixão do torcedor, não importa onde vai apitar, ao entrar em campo será logo ovacionado com este “título” e esta dificuldade ele deve tirar de letra, pois ele sabe que seu conhecimento das Regras o transforma em pessoa diferenciada, o transforma em árbitro de futebol.

Por Valter Ferreira Mariano

7 de out. de 2010

Os pontos do sucesso do árbitro de futebol


Para ser torna um árbitro (regra 05) de primeira categoria, sua jornada dentro do universo da arbitragem de futebol deverá ser regada pela sua capacidade de ser feliz, esta capacidade terá três ponto a serem vividos ao longo de sua carreira bem como na sua própria existência.

Assim definimos que o primeiro ponto a ser regado será a responsabilidade de assumir plenamente as conquistas almejadas. Nada de ficar esperando a oportunidade cair do céu. Aceitar plenamente sua responsabilidade de conduzir e organizar suas ações e ter a consciência que a arbitragem requer o empenho incondicional em nome da nobre função. O bom relacionamento com os companheiros de profissão, com os amigos em geral, com os companheiros e chefe no trabalho e principalmente com os entes da família, consistirá em uma auto-estima saudável

O segundo ponto a ser regado será a essência de ser uma pessoa verdadeira. Querer viver uma vida diferente e sentir que é outra pessoa será um engano. É a denúncia que rejeita a si própria. Esta rejeição ocultará sua própria identidade e resultará na maquiagem dos problemas a serem enfrentados. A sua transparência e a coragem de viver sua própria vida e, deixar que todo o veja você estará reconhecendo os seus valores.

A sabedoria de dividir as conquistas com os demais companheiros será a contribuição para o fortalecimento das capacidades e este será o terceiro ponto a ser regado. O árbitro deverá ter o pleno conhecimento que esta divisão será necessária e quando isso não ocorrer, será egoísmo, o medo de perder o que conquistou. Todavia esta divisão deverá ser com pessoas que demonstra confiabilidade de recepção e não com aquelas que se sentem por de baixo, cheio de magoa no seu coração, estas pessoas demonstra uma auto-estima negativa e desmotiva aqueles que querem seguir a frente.

Estabelecer estes pontos dentro do universo da arbitragem permitirá ao árbitro uma preparação mais eficaz durante sua carreira. Estes permitiram a ele a organizar sua vida dentro e fora do solo sagrado (campo de futebol – regra 01), valorizando suas ações para saciar seus anseios dentro da nobre função e, auxilia na escolha dos critérios a ser utilizados. Respeitar cada etapa deste planejamento impedirá uma possível frustração e lhe proporcionará os meios para obter o pleno sucesso no universo da arbitragem e na vida pessoal.

Por Valter Ferreira Mariano
Fonte Imagem: blog NINGUÉM MERECE SER 3G!!!

5 de out. de 2010

Bandeirinha se fosse bom, séria árbitro!


Adicionar legenda
A frase - “bandeirinha se fosse bom, séria árbitro!” – Na realidade esta frase não condiz com que determina a regra 06, na qual contém a função do árbitro assistente, o chamado bandeirinha.

Para ser um bom árbitro assistente ( regra 06) não basta ter o texto da regra 11 gravado em mente e necessário ter sempre suas sinalizações oportunas, claras e com firmeza.

Numa situação de fora de jogo ou seja de impedimento, deve lembrar que o fato de se encontrar nesta posição não implica em infração, portanto, não deve levantar seu instrumento de trabalho com precipitação, para não dar como irregular uma jogada regular, e assim, não estragar uma situação manifesta de gol.

A demonstração de insegurança reflete em seu trabalho, ela pode ser vista na sinalização não clara, quando o instrumento é levantado e baixado rapidamente ou quando é levantado e no meio do caminho resolve abaixa-lo, deixando dúvida ao árbitro e aos jogadores. O árbitro assistente deve esta focado, tranqüilo, concentrado e totalmente seguro do que esta fazendo.

As sinalizações não poderão ser tardias ao ponto do árbitro demorar para sanciona-las. Isso também é um foco de insegurança, medo de errar, mostra que ainda não esta pronto ou não tem aptidão para desempenhar a função.

A condição física é muito importante para realizar com sucesso suas atribuições dentro da partida. Sua capacidade de arranque, velocidade acoplada com a visão do lance será imprescindível quando sua intervenção for necessária.

O penúltimo defensor deve ser imagem constante em sua visão. Pois é um fator que determina a posição de impedimento (regra 11). Assim sempre terá suas intervenções de sinalizações de impedimento acertadas.

Mostrar a eficácia nas suas sinalizações, uma ótima cooperação com o árbitro, mostrar que o espírito do jogo esta presente nas suas intervenções, bom condicionamento físico e um alto estágio de concentração, fará que a frase do primeiro parágrafo não passa de um pobre refrão, utilizado para obter IBOPE, para atrair atenção do telespectador.

Por Valter Ferreira Mariano
 

4 de out. de 2010

Federação Paulista Futebol apresenta novidades para temporada 2011

04/10/2010 - Com o início da pré-temporada da arbitragem se aproximando, o presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol – CEAF, Coronel Marcos Cabral Marinho de Moura, divulgou nesta terça-feira as novidades da arbitragem para a temporada 2011 de competições organizadas pela Federação Paulista de Futebol.
Uma das principais mudanças é em relação ao número de árbitros e assistentes que poderão compor o quadro de arbitragem do Campeonato Paulista. Neste ano, serão cerca de 60 árbitros e 70 assistentes em treinamento para os jogos do Campeonato Paulista da Série A1, quase o dobro da pré-temporada 2010. Isso porque a FPF irá implementar em seus jogos o posicionamento de dois árbitros adicionais em cada jogo, que ficarão junto às linhas de fundo para ajudar na marcação e validação de lances.

Outra mudança importante diz respeito ao ranking de arbitragem. As antigas categorias ouro, prata e bronze serão substituídas por cinco novas categorias, que visam um crescimento do número de árbitros capacitados para atuar na Série A1, além de proporcionar aos árbitros e assistentes a possibilidade de um plano de carreira melhor estruturado, com uma chance maior de aproveitar talentos. “Será possível aprimorar a capacidade dos árbitros e assistentes, permitindo uma ascensão mais rápida à categoria principal, desde que se respeitem os limites e regras de cada categoria”, explicou Marinho.

De acordo com o Regulamento Geral da Arbitragem, árbitros da Categoria 5 serão considerados aqueles aprovados pela Escola de Árbitros Flávio Iazzetti, que tenham realizado em sua formação ao menos dez partidas nas categorias Sub 11 e Sub 13. Já árbitros da Categoria 4 terão o limite de idade de ingresso de 32 anos, além de experiência prévia de dois anos ininterruptos em partidas da FPF, tendo atuado em ao menos 15 partidas, e atuarão em categorias de base e partidas amadoras. Estes árbitros poderão ser promovidos à Categoria 3, que será formada por árbitros com idade de ingresso de até 35 anos, com três anos ininterruptos de experiência prévia em ao menos 20 partidas amadoras da FPF, e atuarão preferencialmente em partidas da Segunda Divisão e da Copa Paulista de Futebol.

Árbitros de Categoria 2 serão aqueles com idade de ingresso de até 35 anos, que tenham experiência de cinco anos ininterruptos de serviços na FPF e tenham atuado em ao menos 30 partidas profissionais. Estes profissionais atuarão preferencialmente nos jogos das Séries A2 e A3 e em competições de categorias equivalentes. Por fim, os árbitros de Categoria 1 serão formados por profissionais mais experientes, com um mínimo de 40 partidas em jogos profissionais e cinco anos ininterruptos de experiência na prestação de serviços na FPF, com idade de ingresso limite de 38 anos. Estes serão selecionados para atuar na Série A1.

Por meio de constantes avaliações e treinamentos, os árbitros poderão ser promovidos de nível sempre que atingirem os padrões exigidos pela CEAF e caso haja vagas disponíveis para a categoria superior. “É claro que nenhum árbitro ou assistente poderá passar de uma categoria para outra superior pulando uma etapa. Todos passarão por avaliações e serão observados para subir ou descer de nível. Para isso contaremos com testes físicos, técnicos, psicológicos, entre outros que adotamos durante todo o ano para monitorar o desempenho dos árbitros”, avaliou Marinho.

Ainda de acordo com o presidente da CEAF, é possível que os trios fixos de árbitro e árbitros assistentes sejam mantidos na primeira fase do Campeonato Paulista da Série A1 de 2011, mas o sistema deve mudar para as fases decisivas. “Iremos avaliar e selecionar os melhores profissionais para as fases decisivas, então os trios poderão ser desfeitos. É importante que os árbitros e assistentes mais capacitados estejam presentes nas decisões, para que o Campeonato tenha uma qualidade cada vez melhor”, concluiu.

Fonte: Talita de Moraes - FPF