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29 de jun. de 2011

O espírito do futebol.

O espírito do futebol não é tanto uma regra, mas sim uma atitude... Uma forma de jogar.

Baseia-se num espírito esportivo no quais os próprios jogadores (regra 03) são responsáveis pelo jogo limpo. Encoraja-se um jogo de alta competição, mas nunca indo contra o respeito mútuo entre eles. O espírito é um dos princípios fundamentais do futebol. Sem este, o jogo perde o seu encanto, seu coração. Tem que existir o espírito!

O futebol é um esporte dinâmico e vistoso, deve ser praticado por jogadores que respeitam a Carta Magna do Futebol (livro de regras) e sobre tudo, a autoridade do árbitro (regra 05) e dos árbitros assistentes (regra 06)

O jogo limpo (fair play) é o sangue do esporte, sem este, o futebol não é possível, porque, se o jogo não estiver pautado em um código de ética, vira o caos. E a sociedade futebolística vira uma sociedade primitiva. Então, o futebol só vai sobreviver juntamente com o espírito esportivo, não como algo bruto, mas com respeito que se estabelece nas relações entre jogadores (adversários ou não), árbitro e árbitros assistentes.
                                                                                                                                    



Para o pesquisador Antônio Roberto Santos, o fair play sofre uma forte influência da mídia, o comportamento antidesportivo de jogadores famosos é imitado por outros atletas, na maioria jovem e adolescente, que “se inspiram” em seus ídolos. Segundo ele a responsabilidade envolve não apenas atletas, árbitros ou dirigentes, mas também os torcedores e os meios de comunicação. A mídia esportiva, ao fazer suas chamadas para este ou aquele jogo, passa sempre uma mensagem acirrando ainda mais o confronto, dando a impressão que não se trata de um jogo de futebol mais sim de uma batalha, “Hoje vai ter guerra no Pacaembu, Corinthians e Palmeiras lutam pela sobrevivência.” Este tipo de chamada contamina os pensamentos dos torcedores, que não percebem quando o ato de torcer transcende a racionalidade, tornado-se atos de vandalismo. Conclui o pesquisador.

Os jogadores de futebol são leigos em relação à Carta Magna (Livro de Regras) não respeitam o árbitro e quando questionados sobre o assunto ficam sem respostas, mesmo assim quando uma infração é marcada contra sua equipe logo partem para cima do árbitro debatendo e gesticulando passando a impressão que são os verdadeiros conhecedores das regras, tais atitudes são como uma ejeção letal aplicada na veia do espírito esportivo, transformando o campo de jogo em um palco de debate.

Infelizmente os dirigentes e treinadores deixam claro que o mais importante não é o futebol em si e nem mesmo o seu espírito, e sim o resultado. A mente do jogador é trabalhada para vencer a qualquer custo e isso conflita com o espírito do jogo, passando uma mensagem negativa que o árbitro é o principal responsável pelo péssimo resultado da sua equipe.

Nota: Estamos em época de Copa América, que o espírito do jogo seja uma realidade entre os jogadores, dirigentes, treinadores e torcedores, e, que a mídia esportiva passe nas suas chamadas usando mensagens esportivas, dando ao futebol o seu devido respeito.

Por Valter Ferreira Mariano

Vídeo feito para a FIGC Piemonte Vale de Aosta juventude e escola (Itália),  tem como objetivo sensibilizar os jovens jogadores e seus pais sobre os valores reais de futebol.

28 de jun. de 2011

Jogador é expulso na Austrália por ter piercing em órgão genital

Aaron Eccleston pode se orgulhar (ou não) de ser expulso pelo motivo mais esdrúxulo dos últimos tempos. O jogador do Old Hill Wanderers levou o cartão vermelho durante a partida contra o Swinburne University, em jogo de futebol na Austrália, por ter um piercing em um lugar, digamos, “íntimo” demais.

que alguém pergunte como alguém descobriu o tal piercing, aí vai a explicação. Durante o jogo, Eccleston levou uma bolada naquele lugar (sim, bem ali onde vocês estão pensando). Naturalmente, ele caiu no gramado e se contorceu de dor. Segundo um atleta da outra equipe, Eccleston abaixou o calção para verificar se estava tudo ok – e foi aí que o árbitro viu o tal “segredo”.


Como as regras do futebol impedem que os jogadores usem qualquer enfeite, joia ou outro penduricalho (mesmo que esteja bem escondido), o árbitro não teve dúvidas: deu um amarelo a Eccleston e, como o jogador já havia sido advertido, ganhou um cartão vermelho.

Errar Não é Nenhum Crime. É uma faceta do ser humano.

A sociedade futebolística tem por obrigação compreender que o árbitro (regra 05) é um ser humano e pela sua natureza irá cometer erros durante as partidas. O árbitro por sua vez deve assimilar os erros e ao reconhecê-los, deve respirar e ter calma, analisar e procurar não comete-los mais. Nunca compensar uma equipe prejudicada com uma inversão ou criar uma situação favorável. Se fizer, estará duplicando o seu erro e diminuindo sua autoridade e credibilidade.

Tomada uma decisão, o árbitro não deve voltar atrás se certo de sua justiça. Se perceber que sua decisão não está correta ou avisada por uma dos árbitros assistentes (regra 06) e ou pelo quarto árbitro que esta cometendo um erro, tendo a partida não reiniciada (regra 08), poderá voltar atrás de sua decisão inicial. Se assim fizer, não é desmoralizante sua atitude e sim um ato de humildade e justiça.

O árbitro deve está plenamente focado na partida para que a margem de erros seja mínima. Errar uma vez e voltar atrás, normal. Errar pela segunda vez e voltar atrás, ainda pode ser considerado normal. Agora, errar pela terceira vez e voltar atrás, passara a imagem de um árbitro frágil e sem personalidade, os jogadores irão perceber esta fragilidade e irão tirar proveito fazendo do árbitro um fantoche, os treinadores também vão aproveitar para reclamar das decisões quando não favoráveis, sem contar a torcida que irá exercer uma forte pressão sobre a arbitragem para pender em favor de sua equipe.

O árbitro deve ser compreensivo e inteligente para assumir e assimilar o erro, fazer dele uma lição, em outra situação semelhante não o cometes novamente. Afinal, quem nunca errou?

Nota: O jogador perde gol feito, o treinador escala errado, o goleiro não defende uma bola fácil... Os erros são comuns durante uma partida de futebol. Mas quando estes forem cometidos pelo árbitro ou pelos árbitros assistentes, logo são condenados ao purgatório, sem anistia de sua natureza humana, são os vilões da derrota!

Foto: emprestada do excelente blog português: REFEREE TIP vale apenas dar uma olhadinha.

Por Valter Ferreira Mariano

24 de jun. de 2011

Ciúme! A erva daninha da nobre função.

O ciúme é um sentimento letal. Aos poucos ele se apodera e torna escravo aquele que a insegurança permitiu crescer.

Infelizmente o ciúme é um sentimento vivo dentro do universo da arbitragem. O árbitro (regra 05) vê o outro árbitro como adversário. Demonstra sua insegurança ao tomar conhecimento da escala, querendo pra si o jogo do companheiro, ao invés de desejar-lhe boa sorte.

O ciúme está intimamente relacionado à inveja, a diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda. O ciúme é um desconforto, raiva e atormenta aquele que cobiça algo que outra pessoa possui. O ciúme esmaga a auto-estima e se torna numa verdadeira erva daninha.

O árbitro deve evitar ser corrompido por esta “erva daninha”. O treinamento físico, o estudo do espírito das 17 regras e as diretrizes que compõe a Carta Magna do futebol, bem como o companheirismo, amizade e lealdade, forjados no seio familiar, formará a vacina da imunidade contra esta praga.

O árbitro imune tem o respeito e admiração da classe. O árbitro imune ocupa seu tempo livre em beneficio da nobre função. O tempo livre da viagem longa, onde a equipe de arbitragem segue junta no mesmo carro, ônibus ou avião, tempo para o intercâmbio de informação. Tempo para o planejamento do trabalho a ser utilizado na partida. Tempo para se conhecerem. Tempo da arbitragem de futebol.

O ciúme é venenoso e, atinge os árbitros inseguros. Os que abrem os ouvidos aos fofoqueiros, as intrigas, aos invejosos e principalmente, aos derrotados, pois estes são os que se vestem de cordeiros e, na verdade são lobos famintos, que se utilizam das oportunidades para se darem bem.

Somente a vacina não garante total imunidade. Que será obtida através da maturidade e do amor. Assim, esta erva daninha será banida do universo da arbitragem.

Por Valter Ferreira Mariano

22 de jun. de 2011

A amizade intocável – árbitro assistente

O árbitro assistente (regra 06) deve ser um verdadeiro amigo do árbitro (regra 05), esta amizade tem que ser ética e cristalina. Não há espaço no universo da arbitragem de futebol para indiferença pessoal e mesquinha, esta atitude leva a partida a uma atuação desastrosa e prejudicará ambas as equipes. Isso não é bom para o futebol.

O árbitro assistente deve atuar como um braço do árbitro e a ele será atribuídas funções de vital importância para harmonia da equipe de arbitragem, como a atribuição de marcar algumas faltas e incorreções (regra 12). Porém, antes de sinalizar uma infração, deve assegurar que:
ü  A infração ocorreu mais próxima dele do que ao árbitro (isso se aplica em certas circunstâncias a falta cometida dentro da área penal, futebolisticamente conhecida como grande área);
ü  A infração foi fora do campo visual do árbitro ou o campo visual estava obstruído;
ü  O árbitro não aplicaria a vantagem se tivesse visto a infração.
Quando uma falta ou incorreção é cometida, o árbitro assistente deverá:
ü  Levantar sua bandeira com a mesma mão que também será usada para a continuidade do sinal, isso dá ao árbitro uma clara indicação de quem foi infrator;
ü  Estabelecer contato visual com o árbitro;
ü  Agitar levemente sua bandeira (evitando qualquer movimento excessivo ou agressivo);
ü  Usar o sinal eletrônico de bip, se necessário.
O árbitro assistente deve usar a técnica de “esperar e ver” de modo a permitir que o jogo continue e não levantar sua bandeira quando a equipe contra a qual uma falta foi cometida se beneficiará de uma vantagem. Neste caso, é muito importante para o árbitro assistente estabelecer contato visual com o árbitro.
Quando uma falta é cometida fora da área penal (próxima à demarcação da área penal), o árbitro assistente deve estabelecer contato visual com o árbitro para ver onde ele está posicionado e que ação ele tomou. O árbitro assistente deverá ficar parado na altura da linha frontal da área penal e levantar sua bandeira, quando necessário.
Em situações de contra-ataque, o árbitro assistente deverá ser capaz de dar informação se uma falta foi cometida ou não, se foi cometida dentro ou fora da área penal, que é uma prioridade em qualquer situação, e que medida disciplinar deve ser tomada.
Quando uma falta é cometida dentro da área penal e fora do campo visual do árbitro, especialmente se próximo do árbitro assistente, ele deve primeiramente estabelecer contato visual com o árbitro para ver onde o árbitro está posicionado e que ação ele tomou. Se o árbitro não tomou nenhuma ação, o árbitro assistente deve levantar sua bandeira e usar o sinal eletrônico de bip e, então, visivelmente, movimentar-se pela linha lateral em direção ao poste de bandeira de canto.
Em situação de confronto coletivo, o árbitro assistente mais próximo deve entrar no solo sagrado (campo de jogo - regra 01) para ajudar o árbitro. O outro também deverá observar e relatar detalhes da ocorrência.
O contato visual e um sinal discreto com a mão por parte do árbitro assistente para o árbitro será suficiente em alguns casos disciplinares.
Em situações em que a consulta direta é necessária, o árbitro assistente deve avançar 2, 3 metros dentro do solo sagrado. Ao conversarem, o árbitro e o árbitro assistente devem estar de frente para o campo para evitarem que sejam ouvidos por outros.
Quando um tiro livre (regra 13) é concedido muito próximo à linha lateral e perto do assistente, ele deve entrar no campo de jogo para assegurar que a barreira esteja posicionada a 9,15 metros da bola (regra 02). Neste caso, o árbitro deve esperar até que o árbitro assistente retorne a sua posição antes de reiniciar o jogo.
Assim podemos observar que a atuação do árbitro e do árbitro assistente deverá ter uma impecável sintonia, pois o bom andamento do jogo depende desta amizade intocável.
Por Valter Ferreira Mariano

21 de jun. de 2011

Árbitra canadense é proibida de apitar por causa de sua religião

Árbitra Sarah Benkirane - usando Hijab
Uma ex-árbitra de futebol de Lac Saint Louis, no estado de Quebec no Canadá, foi proibida de exercer a nobre função  por conta de sua religião.

Sarah Benkirane, após dois anos trabalhando para a associação de futebol local, foi informada que não apitaria mais, devido a uma reclamação feita contra ela por usar o “hijab” durantes as partidas. O “hijab” é uma vestimenta típica muçulmana que cobre a cabeça da mulher.

- Para min não é uma opção tirar o hijab. É parte da minha religião, parte de quem sou. Portanto eu não deveria ser proibida de usar o hijab, contanto que eu não esteja causando dano a alguém, e eu não estou. – explicou Sarah sobre sua tradição religiosa e o uso da veste.

Segundo a regra 4 do futebol, os jogadores não apenas devem evitar o uso de qualquer item que seja perigoso, mas também não podem usar qualquer artigo que tenha carater político, religioso ou pessoal. Todas as regras para os jogadres se aplicam aos árbitros também. Edouard St. Lo, diretor executivo da Associação de Futebol de Lac Saint Louis Soccer disse concordar com os regulamentos.

- Não é apenas por segurança, é por falar sobre política, religião e qualquer tipo de mensagem pessoal que se deseja passar em campo. É por isso que todos devem usar a mesma coisa. – disse Edouard.

Alguns pais dos jovens jogadores locais concordam. – “As regras não podem ser quebradas… se forem, o que mais poderá acontecer no futuro?” – disse uma mãe.

Sarah, no entanto, ganhou apoio de alguns pais que assinaram uma petição permitindo-a apitar com a veste. “Ela deveria poder apitar com a veste, é uma escolha dela” – disse uma outra mãe.

- O problema do hijab não é a segurança, pois ele é preso na camisa, sem pinos ou alfinetes – comentou Sarah.

A recusa da FIFA de mudar sua posição com relação ao “hijab” está causando um impacto internacional. A seleção feminina do Irã foi desclassificada do torneio Olímpico porque usaram os “hijabs” e não chapéus ou bonés aprovados. Sarah disse que tais bonés não respeitam o costume do Islã.

- Para nós, também deve cobrir o pescoço, e um boné o deixaria à mostra. Então não, não acho que isso seja uma opção.

Fonte: ctvmontreal.ca

Pedir cartão amarelo vai custar dois jogos de suspensão

Árbitro: Carlos Eugênio Simon - Brasil
A UEFA decidiu que vai passar a punir com dois jogos de suspensão os jogadores (regra 03) que provoquem propositadamente uma advertência (regra 12) para limparem a sua folha de castigos.

A comissão que define as questões disciplinares da UEFA anunciou na manhã desta sexta-feira (18/06) a sua decisão, que visa impedir a tática utilizada por alguns jogadores de forçarem o árbitro (regra 05) a uma advertência, de forma a cumprirem um jogo de castigo num encontro teoricamente mais fácil.

“Normalmente, este tipo de comportamento é punido com uma multa, mas agora passará a ser sancionado com um jogo de suspensão a mais do que o aplicado automaticamente no caso de acumulação de cartões amarelos”, explicou Gianni Infantino, secretário-geral da UEFA.

Um dos casos mais recentes e controversos ocorreu no final da temporada passada, na Liga dos Campeões, e envolveu Iniesta, jogador do Barcelona, suspeito de ter deliberadamente provocado a amostragem de um cartão amarelo por parte do árbitro do jogo entre o clube catalão e o Shakhtar Donetsk (5-1), relativo às quartas-de-final da competição. Iniesta ficou de fora do encontro da segunda partida, mas pode jogar as semi-finais sem o risco de ser suspenso no caso de ver nova advertência.

Fonte:Desporto /Refnews/SINDAMAT

20 de jun. de 2011

Como estudar a Carta Magna do Futebol (Livro de Regras)

Para realizarmos algo com sucesso no Universo da Arbitragem de Futebol e preciso ter vontade de realizar, e esta vontade e conjugada ao estudo da Carta Magna e sua diretrizes.

Para iniciar um bom estudo e necessário tirar tudo da cabeça o que não se refere ao universo da arbitragem, em seguida limpe a mesa, somente deixa sobre ela o material que será estudado. Agindo desta forma sua mente estará com mais espaço e facilitará uma leitura mais eficaz do texto, e, as informações serão rapidamente compreendidas.
Sua concentração deve ser focada no que esta lendo, assim se cansará menos e sua capacidade de aprender será ampliada, treine sua habilidade de conseguir a atenção no que esta fazendo, pois esta habilidade também será requisitada dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01), onde sua concentração será colocada a prova a cada minuto da partida.
Reflita constantemente o que esta aprendendo, persista mesmo quando não entender este ou aquele trecho do texto, o importante é compreender que esta lendo e não apenas ler o texto inúmeras vezes e não entender, tirar as duvida com outro companheiro da nobre função é uma boa maneira de aprender corretamente os textos da Carta Magna.
O raciocínio deve este empenhado em aprender corretamente tudo que esta sendo absorvido, somente vire a pagina quando tiver a certeza que realmente aprendeu, sua inteligência em função do estudo procurando o que deve ser compreendido resulta numa maior capacidade na aplicação das regras e diretrizes na partida, permitindo reduzir o coeficiente de erros que possa ter durante a mesma.
Evite estudar perto de pessoas onde conversam, de preferência ao silencio, escolha um lugar onde permite certo conforto, utilize de mesa e de uma cadeira, sente-se, não adquire o vicio de estudar deitado, pois tudo que for lido pode ser apagado pelo inevitável sono, evite está perto de rádio ou televisão, certamente irão desviar sua atenção, sempre se alimente antes de estudar, claro, coma o necessário, sem gula, pois esse excesso prejudicará sua habilidade de aprender e compreender corretamente o que esta sendo lido.
Um bom estudo é aquele que feito de forma planejada e organizada, tendo tudo que deve ser utilizado com fácil acesso. Não tenha a sede de aprender tudo de uma só vez, use intervalos, use o tempo reservado com sabedoria, pois a Carta Magna (Livro de Regras) requer de seu leitor a eterna leitura de suas paginas.
Por Valter Ferreira Mariano

15 de jun. de 2011

Exercícios físicos no frio? Teste físico não escolhe estação do ano!

Nas ultimas semanas nos deparamos com uma queda de temperatura que não víamos há muito tempo, e de repente nossa rotina de atividades diárias se fez alterar em virtude dessa queda de temperatura.

A atividade física que pensávamos em iniciar antes esta sendo postergada devido ao frio. Mas isso não o certo, nem o correto. Aqui hoje iremos abordar esse assunto 100% presente na vida de todos nós. Quem não gosta de comer e ficar embaixo das cobertas no inverno? Nessa estação a preferência entre os alimentos são os mais calóricos. Por esses, entre outros motivos fazer exercícios no inverno é de extrema importância. As pessoas não devem se descuidar da saúde e a prática de exercícios físicos; ainda que em menor intensidade, não pode ser deixada de lado, merecendo alguns cuidados especiais.

Ao contrário do verão, em que as atividades ao ar livre são mais apreciadas, no inverno as pessoas ficam mais tempo em casa e, conseqüentemente, não se exercitam. O melhor então é que os exercícios sejam realizados em locais fechados, principalmente quando a temperatura está muito baixa. Com a queda da temperatura, algumas alterações no organismo e de comportamento são observadas, como gripes, resfriados e a tão gostosa preguiça que afasta as pessoas das academias. Mas o que muitas pessoas não sabem é que a interrupção de uma atividade física, principalmente no inverno, fragiliza o organismo, pois a prática regular de exercícios aumenta a resistência orgânica do indivíduo.

É necessário mudar esse pensamento de que atividade física só se pratica no verão. As pessoas que praticam atividades físicas nessa época de inverno podem ter vantagens únicas, como a melhora do apetite e do sono, além de ser saudável e apresentar menos riscos à saúde, porque os exercícios e as atividades físicas tornam o coração menos vulnerável a doenças. Com o clima mais frio, o corpo irá queimar mais calorias para manter-se aquecido, aumentando seu próprio calor.

Desta maneira, as pessoas que pretendem eliminar peso podem beneficiar-se com as mudanças fisiológicas do corpo geradas pelo frio, pois o mesmo pode potencializar os exercícios e aumentar seus efeitos. Porém, não podemos generalizar, pois os resultados irão depender da quantidade e da intensidade do exercício, e principalmente da alimentação. Além da alimentação saudável, outros fatores merecem atenção quando falamos de exercícios físicos no frio.

A hidratação é um fator importantíssimo, pois no frio sentimos uma menor sensação de sede, devido à baixa temperatura, uma menor sensação de transpiração, pois o suor entra em contato com o ar frio e evapora mais rápido, por isso devemos hidratar da mesma maneira como se estivéssemos praticando exercícios num dia de sol e muito calor.

Uma vestimenta adequada à temperatura também faz toda a diferença, principalmente no frio. Roupas leves são indicadas aos exercícios, mas no caso do frio, o moletom e a calça se fazem necessários e à medida que o corpo for aumentando a sua temperatura interna, as blusas e a calça devem ser deixadas de lado, e a camiseta e o short darão continuidade à prática da atividade. Um bom aquecimento fecha a nossa série de cuidados com a prática de exercícios no frio.

A ativação de todo o sistema neuromuscular deve ser realizada de maneira gradativa, e com ênfase na região que irá ser mais exigida no exercício. O alongamento sendo um meio de aquecimento especifica pode ser aplicado de maneira estática ou balística auxiliando no aquecimento do corpo em geral.  

Respostas fisiológicas do organismo ao frio

Em repouso, a exposição ao frio provoca duas respostas fisiológicas essenciais à manutenção do equilíbrio térmico. Estas respostas são a termogênese e a vasoconstricção periférica.

A termogênese é o aumento da produção de calor por meio de contrações involuntárias dos músculos (tremores). Toda energia despendida pelo tremor é convertida em calor, podendo aumentar a taxa metabólica em três vezes ou mais que o nível de repouso. A termogênese é estimulada muito mais pela queda da temperatura central que a queda da temperatura cutânea.

A outra resposta fisiológica ocorre através de um ajuste vascular induzido pelo frio. Os vasos sangüíneos periféricos são constrangidos, reduzindo imediatamente o fluxo sangüíneo quente da superfície fria redirecionando-o para o centro mais quente. Esta ação, além de aumentar o efeito isolante dos tecidos corporais, ajuda a conservar o calor, uma vez que as veias mais profundas dos membros estão próximas e paralelas às artérias. Desta forma, o calor do sangue arterial mais quente é transferido ao sangue venoso mais frio que está retornando à circulação central. É interessante notar que a vasoconstrição periférica ocorre na maioria das partes do corpo, mas não nos vasos superficiais da cabeça. Desta forma, grande parte do calor dissipado para o ambiente durante a exposição ao frio é perdida através da cabeça; cerca de 25% da perda total de calor.

Nosso trabalho na prescrição e orientação de nossos alunos na busca de objetivos individuais se faz continuar mesmo com as baixas temperaturas, e nos apresentamos sempre à sua disposição seja qual for sua necessidade. Portanto, realize atividade física, de preferência com a nossa orientação personalizada.

Artigo original publicado no site: rodrigopersonaltrainner
Artigo escrito pelo Professor Rodrigo Ramalho


14 de jun. de 2011

Eu Adoro Futebol... Hoje, Adoro o Universo da Arbitragem de Futebol!

Quando uma pessoa se deixa viciar por futebol, não tem mais jeito. Parece uma lavagem cerebral.

No meu caso, já ganhei uma bola de borracha logo depois de começar a andar, substituída posteriormente por uma bola de capotão (presente do meu pai).
Paralelamente, conheci o jogo de botão, hoje renomearam para futebol de mesa, nome mais elegante, não acham?

Foi ai que o perigo morava!  Era joguinho de botão dia sim, no outro também. Até campeonatos eu disputava inclusive na mesinha da sala. Narrava os jogos e colocava a escalação no papel. Era uma organização de da inveja ao calendário brasileiro.
Desde moleque, o futebol me persegue. Ou seria o contrário? Vai saber. Mesmo sendo um goleiro sem futuro e, vamos dizer, um tanto sem jeito para coisa, nunca me deixei abater, afinal, eu sempre era o dono da bola. Batia a minha bola todos os dias em todos os lugares possíveis. Durante o recreio na escola, no quintal de casa, em plena rua, nos terrenos baldios. Enfim, nada conseguia me separar do jogo de bola.


O “intensivão” era reforçado pelo pebolim, os álbuns de figurinhas, o incrível Futebol Cards (o chiclete era horrível), os jogos de tampinhas de refrigerante com carinhas dos jogadores (alguém se lembra?), os jornais de Campinas, os Gols do Fantástico, a revista Placar e o bendito e bom radinho de pilha. Não perdia um programa esportivo sequer, na hora do almoço e no começo da noite. Para mim era sagrado acompanhar as transmissões dos jogos do meu time, cujo nome me permito manter em sigilo por motivos óbvios.

Os anos vieram, mas o gosto pelo futebol continua o mesmo. Montei o meu próprio time, claro, era o capitão. Depois de muitas derrotas, percebi que o problema não estava nos companheiros, mais sim, em mim, então passei a ser técnico, e toda vez que faltava o árbitro (regra 05), passava a mão no apito e lá estava eu dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01).
Hoje estou realizado, pois como árbitro assistente (regra 06), pisei dentro de muitos templos sagrados do futebol, como Morumbi, Palestra Itália, Parque São Jorge e a Vila mais famosa do mundo, entre outros estádios pelo interior de São Paulo.

Eu adoro futebol, hoje muito mais O Universo da Arbitragem de Futebol.

Nota: Uma excelente crônica! Texto adaptado do original de Marco Antônio Martins, que foi publicado no jornal Correio Popular de Campinas (SP).

9 de jun. de 2011

Um leigo como goleiro - o desconhecimento total da Carta Magna - "a imagem do penalti bizarro que correu o mundo através da internet."


O que diz a regra 14 -  Tiro Penal - em relação a esta situação bizarra, o texto é simples: Quando for executado um tiro penal durante o curso normal de uma partida ou quando o tempo de jogo tiver sido prorrogado no primeiro tempo ou ao final do tempo regulamentar para executar ou repetir um tiro penal, será concedido um gol se, antes de passar entre os postes e abaixo do ttravessão:

• a bola tocar em um ou ambos os postes e/ou no travessão e/ou no goleiro

• O árbitro decidirá quando o tiro penal se completar

Então verificando este texto, o árbitro (regra 05) agiu  corretamente validando o gol, claro, para desespero do goleiro que como muitos comprovou  sua ignorância em relação as regras da Carta Magna do esporte que pratica!

Aptidão para exercer a nobre função.

O universo da arbitragem de futebol esta a cada vez mais exigente com os seus súditos que querem esta dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) exercendo a nobre função.

Esta claro que a sociedade futebolística não vê o momento de inserir a parafernália eletrônica no esporte bretão, esta inserção vem motivada pelos recursos tecnológicos usados em outros esportes como no futebol (com as mãos) praticado nos Estados Unidos, onde na duvida, o árbitro, requisita o vídeo da jogada para dar o veredito final.
Porém sabemos que nenhuma maquina ou recurso eletrônico e capaz de substituir por completo o ser humano, pois estes não possui o espirito de definir a essência do fair play (jogo limpo) numa situação onde requer que uma das equipes jogue a bola (regra 02) intencionalmente para fora (regra 09) do solo sagrado para que possa haver um atendimento a um adversário lesionado. Pergunto: A máquina será capaz de entender o porquê entregar a posse de bola de presente ao adversário?
Entretanto o verdadeiro árbitro (regra 05) tem que ter aptidão para exercer a nobre função, o conhecimento adquirido nas academias ou nas escolas de formação de árbitros, será complemento ao dom de arbitrar uma partida de futebol, incorporado a um bom condicionamento físico dará a ele a perspectiva de sustentar em seu peito o escudo branco (FIFA), uma dádiva permitida a poucos.
Para que esta perspectiva se torne realidade, o árbitro deve levar em conta o tempo empregado à dedicação aos treinamentos físicos e aos estudos referente à Carta Magna e suas diretrizes. Todavia todo este emprego não será de valia alguma se ele não tiver dentro do seu coração o seu único verdadeiro tesouro, sua família, ela será a base de sustentação quando tropeçar nas pedras que estão no caminho para se torna um árbitro respeitado pela sociedade futebolística.  
Por Valter Ferreira Mariano
Foto: árbitro  Daniela Markovic - Belgrado - Sérvia

6 de jun. de 2011

O posicionamento do árbitro

Com atual dinâmica do jogo de futebol e o forte preparo físico dos atletas é de fundamental importância para atuação do árbitro (regra 05) o seu posicionamento dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01).

O jogo deve se desenvolver entre o árbitro e o árbitro assistente (regra 06) mais próximo da jogada. O árbitro assistente deve estar sempre no campo visual do árbitro, este deve utilizar sempre o sistema de diagonal ampla. A posição lateral ao jogo facilita manter tanto o jogo quanto ao árbitro assistente no campo visual.

Estar próximo a jogada e ter o cuidado para não interferir, ou seja, levando uma bolada ou atrapalhando uma situação de contra ataque obstruído um dos jogadores (regra 03) resulta em um posicionamento acertado, porém, “o que precisa ser visto” nem sempre está na proximidade da bola (regra 02), neste contexto o árbitro deve prestar atenção aos confrontos individuais agressivos de jogadores distantes da bola, possíveis infrações (regra 12) na área para onde o jogo de desenvolve e nas infrações ocorridas depois de a bola ter sido jogada para longe.

O posicionamento do árbitro quando a bola esta fora de jogo (regra 09) e aquele que possa tomar a decisão correta. Todas as recomendações sobre este posicionamento são baseadas em probabilidades e devem ser adequadas por meio do uso de informações especificas sobre as equipes, os jogadores e com base em situações na partida até aquele momento.

As posições sugeridas são básicas e recomendada aos árbitros refere-se a uma “zona” dentro do solo sagrado onde deve se posicionar a cada jogada. Na verdade será uma área que o arbitro estará provavelmente revisando sua eficiência. Esta zona pode ser maior, menor e diferente, de acordo com as circunstâncias no momento em questão.

O posicionamento do árbitro será avaliado por toda a sociedade futebolística, onde um primoroso condicionamento físico será imprescindível para obter dentro do solo sagrado a melhor posição em relação às jogadas, sem o qual, certamente sua arbitragem será considerada como péssima, podendo até ter interferido diretamente no resultado da partida.

Por Valter Ferreira Mariano

Foto: Árbitro Ronnie Brandt Romanini - Site da Copa Kaizer - Campo do Benfica

2 de jun. de 2011

Particularidades para ser um excelente árbitro de futebol.

A sociedade futebolística esta cada vez mais exigente em relação a nobre função, não basta uma boa arbitragem, ela exige a excelência, sem erros, a perfeição se possível.

Para suprir esta exigência o árbitro (regra 05) tem que ter uma consanguinidade com a nobre função, um verdadeiro laço de sague, onde o sucesso de seu desempenho dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) reflita diretamente na opinião da mídia futebolística.

O seu anseio de vencer e obter reconhecimento dentro do universo da arbitragem vem da aspiração de conseguir ir além das barreiras que o ser humano possa suportar, vem da ambição de torna-se um árbitro internacional.

Para obter tal aspiração não deve esperar estímulos de companheiros e muitos menos da impressa, deve obter esta energia junto ao seu único tesouro, sua família, será através dela que sua motivação será renovada, e, esta energia será o combustível para alcançar os objetivos traçados dentro deste universo carregado de critica e inveja.

Ficar esperando que tudo aconteça é um sinal de pessoa acomodada, burrice, o universo da arbitragem requer uma atitude oposta, exige à iniciativa própria, pessoa que enxergue além que os olhos permitem, a busca de conhecimento é uma mostra desta visão.

Expandir sua capacidade de absorver novos conhecimentos e transmitir novos pensamentos fará que seus companheiros o entendam com facilidade, passando a imagem de uma pessoa segura e culta, pronta para aplicar com destreza e imparcialidade a Carta Magna (Livro de Regras), tomando as decisões corretas em segundo, sem titubear, dando a segurança que todos esperam do árbitro de futebol.

Por Valter Ferreira Mariano

Na foto:  Howard Webb árbitro inglês, que apitou a final Copa do Mundo da África do Sul entre Espanha e Holanda .

Foto:  Pedro Ugarte - (AFP)