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29 de set. de 2011

Cristina Babadac - árbitra romena em destaque pela UEFA Champions Legue

Hoje, 29/09, as 21:30 horario  (Romenia)  pela UEFA Champions League

Academy Bristol (Inglaterra)  x  Voronezh (Rússia),  pela Liga dos Campeões - versão feminina. abitragem de Cristina Babadac (foto) com as árbitras assistentes também da Roménia, Carmen Gabriela Neagu e  Dananae.

O jogo vai será  no estádio "Ashton Gate", em Bristol, a partir das 19:30 horário local .

Fonte blog: Școala De Arbitri  - Roménia

A marginalização do árbitro

A sociedade futebolística tem que se adaptar aos novos tempos da tecnologia, e vê os cidadãos do universo da arbitragem como seres humanos pela sua natureza são passíveis ao erro.

Hoje se discute de forma leviana as atuações dos árbitros (regra 05) e dos árbitros assistentes (regra 06) os popularmente bandeirinhas, colocando em evidência erros cometidos ou decisões interpretadas de forma diferente. Erros registrados pelos olhos frios das câmeras de televisão. Erros sentenciado pelo “tira-teima”. Erro de centímetros, o pé do jogador, dando ou não a condição ao atacante em situação de fora de jogo (impedimento - regra 11). O árbitro assistente visto por esta parafernália eletrônica cometeu um erro capital, porém, se visto pelo olho humano, seria um erro?

Esta forma equivocada de observar uma partida de futebol, expondo a arbitragem como vilã, tirando toda a responsabilidade dos dirigentes, dos jogadores e treinadores, que na primeira divisão são contratados a peso de ouro com salários milionários, é algo injusto, é desumano!

Este conceito de responsabilizar a arbitragem pelo péssimo desempenho dos jogadores dentro do solo sagrado (campo de jogo – regra 01) vem progressivamente ganhando na mídia uma permuta cada vez maior do espaço, dando a entender que a arbitragem é realmente a causadora dos maus resultados.

A decorrência disso é a marginalização do árbitro e dos assistentes. Não duvidem que uma boa arbitragem seja tratada como mero caso à parte.

Por Valter Ferreira Mariano

A linda e competente árbitra assistente Graziele Crizol ilustra o artigo
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27 de set. de 2011

Bebeu demais ontem? Minimize sua ressaca.

Quem é que nunca bebeu um pouquinho a mais e no dia seguinte acordou com aquela ressaca? A noite pode ser maravilhosa, mas não necessariamente é preciso acordar com aquela ressaca para justificar a boa noite. Justifico dizendo que podemos ter noites maravilhosas, bebendo aquele drink, cervejinha, etc e tal, e utilizarmos de estratégias para no dia seguinte acordarmos lindos, belos e prontos para um novo dia.

O mal-estar que sentimos no dia seguinte é a resposta do corpo ao possível excesso de álcool, e a desidratação é a maior responsável pela maior parte dos famosos sintomas. O álcool faz com que você fique com a boca seca, devido a ser diurético e acelerar a perda de água do corpo, e quanto mais sede você sente, mais cervejinha você toma, isso afeta diretamente o sistema nervoso central, levando o cérebro a liberar substancias que causam tontura, dor de cabeça, enjoo entre outras.

Portanto, dicas:

01- Se for beber, ingerir mais água do que sua bebida alcoólica, mantendo ser corpo sempre hidratado.

02- Se alimente antes de sair de casa: Ingira comidas mais gordurosas (lanches, pizzas). Comidas gordurosas desaceleram a absorção do álcool pelo organismo e auxiliam na proteção aos impactos gerados pelo álcool.

Uma vez pós-bebida e com os sintomas da ressaca, evite bebidas que o levem a uma desidratação ainda maior, como por exemplo, o café, ou qualquer outra bebida que contenha cafeína. Essa aumenta seu mal-estar e desidratação. Procure sempre a reidratação, pois seu corpo precisa restabeler os níveis de acucares no sangue

03- Ao final, durma bem, descanse. Mesmo que uma bebidinha o faça dormir mais rápido, a qualidade do sono não é a mesma de uma noite em um estado normal, o álcool faz com que você durma apenas em níveis superficiais do sono.

A maior dica aqui que deixo é que você seja 100% saudável, se beber, que seja apenas socialmente, e que não necessite de utilizar de minhas dicas para ficar bem, e ainda, acorde cedo no dia seguinte, tome um belo café da manhã e faça sua atividade física.

Esta entrada foi publicada em Saúde e Bem-estar.

Por Rodrigo Ramalho - visite o site: Saúde e Bem-estar
Veja tambem o excelente blog: Rodrigo Personal Trainner

26 de set. de 2011

O bandeirinha de futebol.

Bandeirinha de futebol. Fascinante esta função! Correr pela lateral do campo, do lado de fora, no vai-e-vem, procurando sempre assistir ao seu companheiro, a sua senhoria, o árbitro. Uma função importante, sobretudo, quando o árbitro interrompe a partida e vai consultá-lo sobre o impedimento do atacante ou mão na bola dentro ou fora da área. Da sua boca sai à sentença – seja ela qual for. É mais do que um momento de glória. É um momento de verdade.

Acima descrevemos um pouco da função do árbitro assistente, também chamado na língua futebolística de “bandeirinha”. A sua função esta descrita na regra de nº 06, do livro de regras, ou seja, na Carta Magna do futebol.

Com a evolução constante do futebol, as tarefas do árbitro assistente tornam-se ainda mais importante, na medida em que o ritmo do jogo e o condicionamento físico dos atletas foram aumentando, a sua responsabilidade também foi ampliada.

O posicionamento, a comunicação e a cooperação, são fatores importantes para bom desempenho do árbitro assistente.

O árbitro assistente deve ter sua concentração focada simplesmente na partida, principalmente na marcação de impedimento (regra nº 11) e na obrigação de alertar o árbitro (regra nº 05) para as situações de que este não se apercebe. Deve demonstrar confiança e coragem em todas as decisões, especialmente naquelas que ocorrem dentro da área penal (campo de jogo – regra nº 01).

Um ótimo preparo físico é indispensável. Hoje planilhas de treinamentos são elaboradas especialmente para o árbitro assistente, diferentemente a ser seguida pelo árbitro. Estes treinos específicos descrevem muito as situações vividas durante uma partida de futebol, e assim a condição de acompanhar a jogada será uniforme até o final da mesma.

A utilização da bandeira continua ser a principal forma de comunicação entre o assistente e o árbitro. Assim sendo, este sinal deve ser de forma clara e segura, não é permitido levantar ou abaixar o instrumento rapidamente, sem que o árbitro veja este sinal e o entenda corretamente. Levantar e abaixar no meio do caminho a bandeira, ou seja, “pescar”, é uma postura de falta de concentração e gera duvida em futuras ações do árbitro assistente.

O árbitro assistente tem que saber que é humano, por sua natureza e passivo de erro. No entanto, somente com muito trabalho e dedicação, conhecimento das regras e observações nas atuações de seus companheiros, que os erros serão mínimos durante a partida.

Nota 1: O primeiro parágrafo é um resumo do texto "A verdade e a glória", de Carlos Heitor Cury.

Nota 2: “Ser árbitro é, antes de mais nada, uma norma moral”, frase do amigo e ex-instrutor da Federação Paulista de Futebol, Gustavo Caetano Rogério.

Por Valter Ferreira Mariano
Foto: A linda e competente árbitra assistente Graziele Crizol (São Paulo - Brasil)

21 de set. de 2011

A arbitragem como meio de inclusão social

Em geral quase todo menino é apaixonado por futebol e sonha se tornar um jogador profissional. Contrariando essa escrita, muitos jovens têm despertado, há alguns anos, o interesse por ser aquele que é o responsável por fazer cumprir as regras e regulamentos numa partida de futebol, o árbitro.

Foi com base nessa tendência que o árbitro baiano Rildo Góis criou, há 10 anos, a Divisão de Base de Árbitros de Futebol (DBAF). Pioneiro no futebol brasileiro, o projeto visa incentivar o desejo das crianças e adolescentes pelo ramo da arbitragem.

No curso, realizado na sede do Colégio Parque, no Saboeiro, bairro do Cabula, os jovens passam por um trabalho intensivo de formação sobre os conhecimentos teóricos e práticos da profissão. Atualmente, o DBAF conta com a participação de 30 jovens da capital baiana.

Segundo o idealizador do projeto, o objetivo, além de formar árbitros de qualidade, é atuar como ferramenta de inserção social por meio do esporte. "Desde garoto, admirava a postura dos árbitros. Aproveitei minha experiência e criei o curso, para tirar os garotos das drogas e incluí-los no esporte através da arbitragem. Assim, eles convivem com regras, disciplinas e o mais importante de tudo, a educação", destacou Góis.

Para coroar o sucesso do curso, Rildo e seus garotos receberam uma boa notícia nesta terça-feira (20). O jovem Luanderson Lima dos Santos, de 16 anos, foi convidado a se cadastrar no quadro de árbitros da Federação Bahiana de Futebol.

"Vamos ajudá-lo. Ele vai aprimorar os conhecimentos sobre regras acompanhando os quartos árbitros em partidas do Campeonato Baiano Infantil e em breve poderá ser designado para apitar um jogo", afirmou o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

Feliz com a notícia, Luanderson já sonha com voos mais altos na carreira. "Sempre quis ser um árbitro profissional, desde pequeno

brincava com o apito. “Agora, tenho o objetivo de me formar um professor de educação física, apitar uma BaVi e chegar ao quadro da FIFA”, disse com os olhos marejados.

E não é só Luanderson que está prestes a se tornar um profissional da arbitragem. De acordo com Rildo Góis, diversos garotos e garotas veem obtendo destaque no projeto.

"Temos também o Paulo Henrique (17 anos), Alexandre Batista (16), a Daniele Santos (16), Naiara Daniele (17), Joale dos Santos (14), Iago Santos (14) e todos os outros que têm tudo para ter um grande futuro como árbitros", concluiu sem esquecer-se de lembrar o apoio obtido por profissionais com a assistente paulista Ana Paula de Oliveira e a árbitra Graziele Crizol, também de São Paulo.

Matéria publicada no site da Federação Bahiana de Futebol

Mas sobre o projeto entre no site Divisão de Base de Árbitros de Futebol

20 de set. de 2011

O bom juiz


Num pais onde Onassis é Doda e Jackie é Roriz, numa semana em que o conceito de desfaçatez sorridente foi redefinido em Brasília, chega a ser engraçado defender um vilão tão consagrado. O que esse texto vai propor é algo em que você, leitor, não acredita: o juiz de futebol brasileiro é bom. Ao contrario do que você sempre leu e ouviu – ele apita bem, erra menos do que se diz – e raramente é ladrão.

O juiz de futebol (árbitro – regra 05) é um personagem peculiar – um réu mudo, que há eras desmoralizou a presunção de inocência. Ele não erra – ele rouba. Ele não se engana – ele manipula. Num facebook ou num twitter perto de você, a cada rodada, pululam injúrias, calúnias e difamações contra apitadores desconhecidos – ou vagamente conhecidos. E o que eles dizem? Nada.

Aqui e ali entram na justiça – ganham um processo ou outro. Mas a perseguição continua – jogando na mesma vala todo árbitro – seja ele honesto, santo, bandido, competente, incompetente, safado ou não. A análise do juiz de futebol é sempre crua: acertou – é obrigação. Errou – é cadafalso. Se escutarmos a mesa redonda ou de bar vamos concluir que não temos um bom árbitro de futebol no país. Temos apenas apitadores que oscilam entre horrorosos e/ou venais. Quantas vezes você já ouviu dizer: “Eles são todos ruins”?

Será que são? Ou será que estamos diante de mais uma redução falaciosa e óbvia – que é mais “digerível” do que as proverbiais “explicações complexas”?

Se os fatos, esses chatos, desmentem o complô – bom, pior para eles. Claro que teórico da conspiração que se preze nunca se dá por vencido. Há sempre uma explicação para o cabal desmentido da realidade – uma tangente, um drible… Chorãozinho e Chororó tem sempre um jeito de reclamar da arbitragem. O torcedor de futebol sempre acha:

a) que o juiz é ladrão

b) que o juiz rouba seu time

c) que se o juiz errar a favor do seu time… bom, acontece.

O aplauso do árbitro, como se sabe, é o silêncio. Ele é o ponto de equilíbrio numa arena repleta de gente movida à paixão. O sujeito tem que ser racional, manter a serenidade, não pode comemorar acerto nem demonstrar excitação. E caso consiga acertar tudo – passar por 90 minutos sendo xingado e tomando decisões a todo instante e controlando os ânimos ensandecidos de 22 sujeitos… o que recebe? Uma taxa de arbitragem, um cumprimento aqui, outro ali.

Tomemos um caso ocorrido no jogo Botafogo e Fluminense jogou no Engenhão pela 19º rodada do campeonato brasileiro. O distinto leitor se lembra do nome do apitador da partida? Pois bem – ele atende por Felipe Gomes da Silva. Felipe não errou quase nada naquele jogo – e por isso você não se lembrava dele. Para atingir este objetivo, ele precisou de sangue frio ou – melhor dizendo – de “sangue de barata gelado”. O juiz de futebol é um engolidor de sapos. No Engenhão, as câmeras mostraram em dois momentos esse talento… no primeiro, Elkeson se vira para o bandeirinha e questiona, quase com ternura:

- Você é cego? Você é cego?

No outro, Fred – com traços de fidalguia – argumenta educado com sua senhoria:

- Você tá de sacanagem? Você tá de sacanagem?

Sua excelência deve economizar emoções (e cartões). Ter audição seletiva. Ser frio como uma barata ou uma alface. Imagine você, no meio da rua, ouvindo comentários como os acima? O juiz de futebol é um iglu com uniforme furtacor e apito na boca. E… então? E daí que Felipe apitou bem e errou quase nada? Sua ótima arbitragem passou despercebida – como toda ótima arbitragem. Para a massa torcedora – ele continua um solerte desconhecido. Só lembramo-nos dos juízes quando eles erram.

E eles erram claro, afinal são humanos e não tem 15 câmeras com replay. É muito fácil dizer que os juízes são ruins na poltrona, com dezenas de ângulos em câmera lenta. Na hora – sem câmeras, robôs, videoteipes… é simplesmente difícil apitar. A comparação gera o clichê primário – de que todos os juízes são ruins. Não são – simples assim. Eles são humanos. Só que eles só são lembrados quando fazem bobagem.

Isso não quer dizer que todos os juízes sejam honestos… e que não existam armações… ou tentativas. Pressões e trabalhos de bastidores estão aí desde que a bíblia era rascunho. No Rio, já houve dirigente de arbitragem que disse “ninguém pode fazer resultado sem avisar a Federação”. E, bom, estamos no Brasil… onde receber grana ilegal por cima da mesa não é considerado estupro de decoro.

Ou seja – é claro que existem juízes desonestos e ruins. Como existem médicos desonestos e ruins, jornalistas desonestos e ruins, jogadores desonestos e ruins, cartolas desonestos e ruins. Não existe é uma organização sinistra e penumbrosa – repleta de ternos cinzentos e cigarros com guimbas pendentes – conspirando para acertar tudo por trás dos panos. Nossa escumalha não é – nunca foi – tão organizada assim. Mas se até nós cronistas caímos na tentação de jogar todo árbitro na vala comum da incompetência ladra – prestamos um desserviço ao leitor – e ao torcedor.

Por Gustavo Poli – coluna na integra no site globoesporte.com – Coluna Dois, o futebol além das quatro linhas.
Foto: Árbitro Felipe Gomes da Silva - CBF/RJ, extraida do blog Apito do Bicudo.

19 de set. de 2011

Bandeira para árbitro assistente



O bode expiatório!

Falar de futebol e não difamar a arbitragem é o mesmo que ir a Roma e não ver o papa. A arbitragem é o tópico mais apurado quando o assunto é futebol. Infelizmente, sempre visto como o causador da derrota deste ou daquele time.

Jogadores (regra 03), dirigentes, torcedores e principalmente jornalistas esportivos não querem olhar o árbitro (regra 05) e seus assistentes (regra 06) como seres humanos que, durante uma partida de futebol, não conseguem ver tudo o que acontece no solo sagrado (campo de jogo - regra 01) para sempre tomarem decisões corretas. Onde há um ser humano certamente haverá erro.

Quando um jogador erra um pênalti (regra 14), é criticado imediatamente pelo torcedor. Este mesmo torcedor logo esquece que seu time desperdiçou grande oportunidade de gol (regra 10). Agora, quando a arbitragem deixa de marcar um pênalti que na opinião deste torcedor foi cometido, a arbitragem passa a ser a principal causa da derrota do time.

Os cartolas (dirigentes, na linguagem futebolística) gastam até o que não podem para montar seus elencos e vê a arbitragem como seu maior adversário. Sempre que derrotados logo comentam que o árbitro deixou de marcar uma penalidade máxima ou inventou uma, contra sua equipe. Consideram a arbitragem prejuízo financeiro (taxa de arbitragem) e de resultado (em caso de derrota). Esta opinião é exposta naturalmente nas entrevistas após jogo e no decorrer de toda semana que antecede a partida seguinte.

Treinadores e jogadores são outros que sempre se utilizam da arbitragem como bode expiatório para explicarem seus fracassos. Nunca a derrota veio por causa de uma escalação equivocada ou de um gol desperdiçado pelo atacante contratado a peso de ouro, um gol desperdiçado que vale a frase “até minha cozinheira faria este!”.

Os jornalistas esportivos são indiretamente o combustível para a criação dos bodes expiatórios. São eles que através dos olhos frios das câmeras de televisão apontam os erros da arbitragem, erros humanos! Equivocadamente, a maioria dos jornalistas esportivos não tem o conhecimento apurado da Carta Magna do Futebol (livro de Regras). Pergunto: como alguém pode opinar sobre um assunto em que é leigo?

Por Valter Ferreira Mariano

Foto: Árbitra romena  Andrada Aloman

Nota de correção: O amigo da nobre função, árbitro Belga Xavier Gerard, nos informou que a foto que ilustra a matéria pertence a árbitra alemã Bibiana Steinhaus. Deixo aqui o nosso sentimento de desculpa pelo equivoco e os agradecimentos pela correção.